Monitoramento por satélite identifica desmatamento ilegal de 2,6 mil hectares em áreas cobertas por nuvens em MT

Compartir

Ӿ

[vc_row][vc_column][vc_single_image image=”5317″ img_size=”full”][vc_column_text]

Foto: Ibama

[/vc_column_text][vc_column_text]

11 de Junho de 2018

Ibama

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Brasília (11/06/2018) – Metodologia criada pelo Ibama em parceria com a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (Jaxa) permitiu a detecção de 2,6 mil hectares desmatados ilegalmente no norte de Mato Grosso. A infração foi confirmada durante inspeção realizada por agentes do Ibama e técnicos da Jaxa com drones para validar dados gerados por satélite. Quatro fazendas foram autuadas por destruir floresta nativa da Amazônia, área sujeita a regime especial de proteção. As multas totalizam R$ 13,7 milhões.

Em uma das propriedades, localizada entre Itaúba (MT) e Cláudia (MT), os 785 hectares desmatados estavam localizados em Reserva Legal, definida pela Lei n° 12.561/2012 como área de propriedade ou posse rural com a função de assegurar o uso econômico dos recursos naturais, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade. Na Amazônia, os imóveis rurais devem manter no mínimo 80% da cobertura florestal nativa.

Desenvolvida com apoio das agências de cooperação internacional brasileira (ABC) e japonesa (Jica), a metodologia que permitiu detectar o corte raso em Mato Grosso usa satélite com sensores de radar capazes de identificar alterações de cobertura vegetal através de nuvens. Esse conhecimento é usado pela Jaxa para monitorar florestas tropicais em 77 países com o satélite ALOS-2. Dados obtidos a partir de 2016 apontam o desmatamento de aproximadamente 1,3 mil km² em toda a Amazônia.

Segundo o coordenador-geral substituto do Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais do Ibama, Edson Sano, essa tecnologia, associada ao uso de servidores remotos na internet para processamento de dados, representa uma mudança de paradigma nas atividades de monitoramento da cobertura vegetal. “Os desmatadores não têm como evitar a detecção do corte, mesmo em períodos de tempo fechado, em que as nuvens poderiam bloquear a visão do satélite”, disse Sano.

A tecnologia pode ser acessada pelo sistema JJ-FAST (http://www.eorc.jaxa.jp/jjfast/) e está disponível para todos os países da região equatorial. Os dados são disponibilizados a cada 45 dias.

O satélite ALOS-2 complementa o monitoramento realizado pelo Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter-B) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que gera dados de monitoramento a cada 5 dias. Apesar da periodicidade menos frequente (45 dias), as imagens do ALOS-2 permitem identificar a supressão de vegetação em áreas cobertas por nuvens.
Os dados oficiais de desmatamento por corte raso na Amazônia são gerados anualmente pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes) do Inpe.

O Ibama também utiliza dados gerados pelo satélite Sentinel-1, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), e do Amazônia-SAR, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

http://www.ibama.gov.br/noticias/436-2018/1487-monitoramento-por-satelite-identifica-desmatamento-ilegal-de-2-6-mil-hectares-em-areas-cobertas-por-nuvens-em-mt[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos requeridos están marcados *

Publicar comentario