Datafolha: 86% dos brasileiros rejeitam mineração em terras indígenas, defendida por Bolsonaro

Uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro desde o tempo em que era deputado federal, a mineração em terras indígenas é reprovada por 86% dos brasileiros, apontou uma pesquisa Datafolha. O levantamento, contratado pela ONG Instituto Socioambiental (ISA), mostrou que a rejeição à entrada de empresas de exploração nessas reservas — prática, hoje, ilegal — é de, no mínimo, 80% em todas as regiões, escolaridades, idades, sexos, faixas de renda e ocupações.

Segundo o instituto, a reprovação da atividade é de 80% nas regiões Norte e Centro-Oeste, que concentram a maior parte das terras indígenas do Brasil e, por isso, seriam alvos principais da proposta. A maior rejeição, porém, foi registrada no Sudeste: 88% dos entrevistados discordaram de que «o governo deve permitir a entrada de empresas de mineração para explorar as terras indígenas». Apenas 14% das pessoas ouvidas na pesquisa afirmaram concordar com esta afirmação — 7% totalmente e 7%, em parte.
(…) Um relatório divulgado no fim de 2018 pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg) identificou pontos de garimpos ilegais em 18 áreas reservas indígenas no Brasil. Só na Amazônia, há 453 pontos e áreas de exploração ilegal .

Alertas do Inpe indicam alta de 40% em desmate na Amazônia; governo contesta

SÃO PAULO – Depois de passar quase duas semanas dizendo que os dados de desmatamento da Amazônia são mentirosos, o governo Jair Bolsonaro reconheceu nesta quarta-feira, 31, que a taxa está em alta, mas afirmou que os números que vieram à tona nos últimos dias foram uma interpretação equivocada. O presidente anunciou no sábado que haveria uma “surpresa” nos números e nesta quarta chegou a dizer que apresentaria o “dado real”. Mas o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, encerrou o dia sem trazer os tais dados e dizendo apenas que os “porcentuais interpretativos cairão.”

Imagens mostram avanço do garimpo ilegal na Amazônia em 2019

Imagens de satélite analisadas pela BBC News Brasil revelam uma expansão recente nos focos de garimpo ilegal em terras indígenas da Amazônia ocorrida desde janeiro deste ano.
Indígenas e ambientalistas atribuem o avanço – verificado em diferentes pontos do Pará e de Roraima – a declarações do presidente Jair Bolsonaro em favor da exploração mineral em terras indígenas e ao que consideram um afrouxamento do combate a crimes ambientais pelo governo.
(…) No fim de 2018, a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg), que reúne oito ONGs ambientalistas latino-americanas, publicou um relatório sobre ameaças à Amazônia. O documento identificou garimpos ilegais em 18 terras indígenas no Brasil.

Projeto de lei do governo regulamenta garimpo nas reservas indígenas

BRASÍLIA – O governo federal já finalizou a minuta de um projeto de lei que prevê a regulamentação da mineração em terras indígenas, uma das principais promessas de campanha do presidente Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), o projeto prevê que os povos indígenas terão poder para vetar a exploração em suas terras e receberão royalties sobre o que for extraído. Lideranças indígenas ouvidas pela reportagem, no entanto, criticam a forma como o governo conduziu a elaboração do projeto. Argumentam que não foram consultadas e que pode haver coação nas aldeias.

Infraestrutura amazônica coloca em risco 68% das terras indígenas/áreas protegidas: relatório

Nas nove nações que abrangem a região amazônica, 68% das terras indígenas e áreas naturais protegidas estão sob pressão de estradas, mineração, barragens, perfuração de petróleo, incêndios florestais e desmatamento, de acordo com um novo relatório da RAISG, a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada.
Dos 6.345 territórios indígenas localizados nos nove países amazônicos pesquisados, 2.042 (32%) estão ameaçados ou pressionados por dois tipos de atividades de infraestrutura, enquanto 2.584 (41%) estão ameaçados ou pressionados por pelo menos um. Apenas 8% do total não são ameaçados ou pressionados.
No caso das 692 áreas naturais protegidas na região amazônica, 193 (28%) sofrem três tipos de ameaça ou pressão e 188 (27%) sofrem ameaças ou pressão de duas atividades.
“Estes são números alarmantes: 43% das áreas naturais protegidas e 19% das terras indígenas estão sob três ou mais tipos de pressão ou ameaça”, disse Júlia Jacomini, pesquisadora do ISA, Instituto Socioambiental, uma ONG e parceira da RAISG.

Sebastião Salgado na Amazônia: Serra Pelada

Serra Pelada. Em 1979, a descoberta de ouro no interior do Pará arrastou multidões de sonhadores para aquela que foi a maior mina a céu aberto do globo; da saga resultaram um buraco na terra arrasada, a mineração clandestina em área indígena e este documento visual que comoveu o mundo.

“O garimpo e a devastação andam juntos em toda a bacia amazônica, não só no Brasil. A mineração ilegal é um fenômeno presente em todos os países, o que gera sérios impactos ambientais nesse ecossistema, bem como impactos econômicos e sociais, configurando um cenário de violação tanto dos direitos ambientais das populações que dependem diretamente destes ecossistemas para sua subsistência como dos direitos de todos os habitantes da região que são afetados pela destruição desse patrimônio”, diz Beto Ricardo, coordenador da RAISG (Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada), que reúne cientistas e entidades de vários países da região. Em dezembro passado, a entidade lançou um estudo inédito sobre o que denominou “epidemia de garimpo ilegal” na Amazônia, não só no Brasil mas também nos outros países da bacia.

Hidrovia na Amazônia peruana ameaça comunidades nativas, dizem líderes indígenas

As obras para uma hidrovia na Amazônia peruana, sob responsabilidade do governo de Lima, afetará 422 comunidades nativas e vão gerar danos nos cursos de quatro rios, afirmaram nesta terça-feira organizações indígenas e um grupo civil.

«Somos contrários à construção da hidrovia porque afetará a segurança alimentar de 422 comunidades que vivem da pesca e outras espécies dos rios», disse à imprensa Lizardo Cauper, presidente da Associação Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep), a maior organização indígena do país.

Desmatamento e clima podem em 30 anos reduzir Amazônia à metade

[vc_row][vc_column][vc_column_text] Por Daniela Chiaretti Valor Econômico 25 de junho de 2019 [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_column_text]Em 30 anos a floresta amazônica poderá estar dividida e com mais da metade das espécies de árvores ameaçada de extinção. A diagonal que dividirá o maior bloco de floresta tropical do mundo em uma parte ainda contínua, e outra completamente fragmentada, pode ser…

Latinoamérica: mapa expone impactos por carreteras en seis países amazónicos

Un estudio de la Red Amazónica de Información Socioambiental Georreferenciada (RAISG) presenta un panorama de la presión que causan las vías en Brasil, Bolivia, Colombia, Ecuador, Perú y Venezuela.
Según el informe, de los 136 000 kilómetros de longitud mapeados en la región, por lo menos 26 000 kilómetros se encuentran superpuestos con áreas naturales protegidas y territorios indígenas.